segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Tenho medo


Tenho o maior medo de me comportar como aquelas mulheres que imploram por amor, fazem chantagem emocional e usam todas as armas (baixas) pro cara voltar. Meu nariz empinado não me deixaria jamais fazer nada parecido, mas que eu tinha vontade de um dia ter essa coragem, isso eu tinha.
De implorar pra você ficar comigo hoje. De chorar pra você não atender mais os telefonemas dela. De fazer birra pra você voltar pra mim.
Mas isso é pra mulher que tem coragem de se expor, pra mulher que não tem medo de parecer ridícula implorando amor. Eu, com esse racionalismo de virginiana embutido no meu DNA, não consigo fazer nada disso. Por um único motivo: aprendi que amor não se pede e nem se cobra.
Você é que deveria deixar de ser tonto e perceber que eu faria qualquer loucura por você, por seu amor. Mas você nem presta atenção direito em mim.
Mas se um dia eu tivesse coragem, faria uma cena daquelas. Ligaria pra você no meio da madrugada e falaria "hei, você deveria estar aqui comigo, já que me fez virar um bichinho apaixonado".
Hei, seu idiota, dá pra olhar pra mim como mulher, apesar da minha falta de jeito em ser feminina e delicada?
Hei, você fez eu me apaixonar e agora é muito eu pedir um abraço carinhoso?
Faz um favor? Me beija com mais carinho e menos tesão. Me beija sem descer logo essa boca pros meus peitos, seu idiota. Eu quero carinho. O seu carinho.
Mas amor é coisa que vem sem cobrança e se cobrança houver, não é amor.
E eu sinto raiva de mim porque sei que tem coisa que a gente só descobre que é bom depois de provar. E eu não dou chance de você provar meu lado carente, meu lado que quer mais do que tesão. Eu não dou chance pra você me ver como uma mulherzinha apaixonada, ansiosa por carinho e que sonha com um grande amor.
Coisa complicada esse lance de amor. E eu não levo muito jeito com isso, ou passo por cima ou puxo o freio muito antes da hora. Tudo porque eu tenho o maior medo de me comportar com uma mulherzinha apaixonada.

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